Por André Moreira
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Selton Melo vive um policial em Federal |
A nova produção do gênero que fez sua pré-estréia este fim de semana no Festival do Rio 2010, Federal, é um exemplo disso. Dirigido pelo estreante Erik de Castro, Federal é apenas uma mistura de clichês do gênero e pouco avança ao contar a história burocraticamente. Primo pobre de Tropa de Elite, o filme fica no meio do caminho ao tentar discutir a questão da corrupção e tráfico de drogas sem aprofundar a questão e tratando-a de forma superficial, ou seja, saem os diálogos entram os tiros. E isso acaba simplificando demais a história. E o diretor desperdiça tempo tentando desenvolver o perfil de cada personagem. Tentativa em vão. Talvez para poder caber no pouco tempo de projeção, a tentativa tenha ficado no caminho e nada acrescenta à história .
A sinopse já diz tudo. Um perigoso traficante age em Brasília. Para pegá-lo, a polícia fará o que for preciso. Entre os dois lados, uma população assustada. “Federal” mostra a realidade de um país que hoje é uma importante rota para o narcotráfico internacional. A maior indústria capitalista do mundo.
O elenco também pouco ajuda. Mesmo tendo Selton Melo na linha de frente, e um envelhecido Carlos Alberto Riccelli, os atores parecem burocráticos. Isso sem falar na péssima atuação do americano Michael Madsen (aqui em pequena e desnecessária participação) e da canastrice de Eduardo Dusek que vive o vilão Beque. Apesar disso o longa possui algumas cenas de ação que podem agradar os menos exigentes e tiradas que podem ocasionar risos involuntários. Apesar de fraco em seu roteiro e elenco, Federal ainda não pode ser considerado o mico do ano como foi o caso de Segurança Nacional protagonizado por Thiago Lacerda. E isso já é um ponto a favor.
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