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Foto divulgação/ Tv Globo |
Não é a primeira - e nem será a última - vez que isso acontece. Em um passado recente uma outra trama também teve sérios problemas no ibope. Era "Em Família", última novela de Manoel Carlos no horário e que também sofreu para conseguir levantar seus números. Fato que notoriamente não aconteceu.
Assim como deve acontecer com Babilônia, Em Família teve um fim prematuro e longe do elaborado pelo autor de sucessos como História de Amor, Por Amor, Mulheres Apaixonadas e tantas outras tramas.
Como Manoel Carlos, Gilberto Braga tem uma longa estrada como autor de novelas, tendo inciado sua carreira nos distantes anos 70. Nome que dispensa apresentações, Braga brindou o público com tramas que entraram para história da teledramaturgia. São de sua autoria Dancin´Days, Louco Amor, Corpo a Corpo e a inesquecível e talvez sua maior obra, Vale Tudo.
Dois autores que parecem ter esgotado suas fórmulas de boas tramas e perdido o rumo. Hora de se aposentar? Não acho que seja o caso. Mas seria o momento de uma grande e bem-vinda renovação no horário nobre a exemplo das tramas das seis e sete onde a emissora tem investido como sucesso em sangue novo e conquistado público e crítica. Casos recentes são "Alto Astral" de Daniel Ortiz e de "Sete Vidas", de Licia Manso, atualmente no ar. Essa última já havia mostrado ser uma autora de mão cheia e com características próprias em sua estreia com "A Vida da Gente". Isso sem falar na dupla Felipe Miguez e Isabel de Oliveira, nomes por trás do sucesso "Cheias de Charme", novela que vai extrapolar a telinha rumo ao cinema em breve.
Nomes que mostram que é possível arriscar em novos autores e abrir um leque em um horário que por décadas esteve limitado a um fechadíssimo número. João Emanuel Carneiro (Avenida Brasil) e Walcyr Carrasco (Amor à Vida) conseguiram romper essa redoma e reforçam o seleto grupo que irá contar no ano que vem com a já consagrada Maria Adelaide Amaral, autora mais conhecida por escrever minisséries.
Uma renovação mas que ainda carece de verdadeiro sangue novo, nova visão, novas formas de contar história. Em Família e Babilônia estão aí para confirmar que o sinal vermelho já foi acesso. Chegou a hora de mudar.
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